Este ano, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) aumentou o número de estudantes em primeira opção no concurso nacional de acesso, tendo ficado colocados 1339 alunos. Cerca de «72 por cento dos alunos da UTAD são deslocados, e destes, 45 por cento dependem de ajuda da ação social para alojamento».
Tendo-se verificado um aumento nulo do número de camas nas universidades do interior, a Associação Académica da UTAD (AAUTAD) vai realizar na próxima quinta-feira, dia 19, uma ação de protesto na Praça do Município de Vila Real, no sentido de chamar a atenção para este «grave e inconcebível problema» da academia transmontana.
Como forma de protesto serão colocados 600 tecidos e almofadas que ilustrarão as camas que «não atravessaram a serra do Marão». Relembre-se que o governo anunciou um aumento de 600 camas e, segundo o dirigente académico José Pinheiro, «os números apresentados pelo Estado, em relação ao Plano Nacional de Alojamento, são enganadores, uma vez que efetivamente não houve aumento nenhum no número de camas na maioria das universidades do interior», tendo ido essencialmente para Lisboa e Porto..
Os alunos concentrar-se-ão na Praça de Município de Vila Real, depois de amanhã pelas 15 horas, estando ainda previsto um encontro com a comunicação social às 18 horas, junto à câmara municipal.
Ana Mesquita