A poderosa e bela voz de soprano de Jessye Norman calou-se na passada segunda-feira, aos 74 anos.
Uma das raras cantoras negras de ópera de fama internacional, atingiu a excelência com papéis como os de Aida e Carmen nas óperas com o mesmo título e em obras de Wagner e Berlioz, entre outras. Cantou igualmente obras de jazz e outras músicas populares.
Pisou palcos como os de Berlim, Londres, Milão e Nova York, ganhou 4 vezes o Grammy e recebeu doutoramentos honorários de vários estabelecimentos de ensino de prestígio. Recebeu iguamente a medalha nacional das artes das mãos de Barack Obama e o Reconhecimento (Honor) do Kennedy Center.
Jessye Norman patrocinou a Jessye Norman School of the Arts que abriu as suas portas em 2003, em Augusta (EUA), com o fim de leccionar as artes a crianças sem possibilidades económicas.
Falando da composição das orquestras e cantores, disse Norman: «Vejo as orquestras deste país (EUA) e quero que elas se pareçam mais com a demografia que devem servir. Gostaria de ver mais artistas negros nos palcos». «Anseio pelo dia em que não olharemos à cor da pele de uma pessoa quando oferecermos um emprego, qualquer que ele seja.»