Foram eles os laureados com o Prémio Nobel da Química este ano: John B. Goodenough (quase o nome de uma canção do velho Chuck Berry), M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino. Estes três cientistas, um de origem alemã, outro britânico e outro japonês trabalharam para tornar as baterias que agora usamos em telemóveis, computadores e pace-makers, por exemplo, possíveis, graças a todo um processo que as tornou pequenas, seguras e recarregáveis.
A revolução técnica que agora conhecemos no nosso dia-a-dia é a esta bateria que a devemos.

Mas a para a ciência em Portugal, a história não acaba aqui. John B. Goodenough é professor convidado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Nesta universidade, a investigadora portuguesa Helena Braga tem vindo a desenvolver um trabalho que pode vir a revolucionar o mercado com uma bateria de electrólitos de vidro, ainda mais leve e capaz de multiplicar a capacidade das baterias de ião de lítio. E, cereja no bolo, muito menos poluente.
John B. Goodenough fez entretanto uma doação de 500 000 dólares à FEUP, para apoiar o trabalho de investigação de Helena Braga que declarou ser esta doação «uma honra e, ao mesmo tempo, a responsabilidade renovada de fazer melhor trabalho todos os dias, com a possibilidade de adquirir equipamento e financiar alunos que nos permitirão alcançar esse objectivo».