Com ideias totalmente diferentes, o Iniciativa Liberal, o Livre e o Chega elegeram um deputado cada e prometem mudar o panorama político português.
Dirigido por Carlos Guimarães Pinto, o Iniciativa Liberal foi eleito com 65.545 votos, ou seja, 1,29 % dos votantes. Este partido, criado em Dezembro de 2017, rege-se pelo liberalismo, defendendo, desta forma, a liberalização económica, social e política. João Cotrim de Figueiredo foi o escolhido para se sentar lado a lado com os restantes deputados.
Algumas das medidas defendidas pelo Iniciativa Liberal são: a privatização de empresas públicas como a TAP, a Caixa Geral de Depósitos e a RTP; a liberalização do mercado laboral; a criação de uma taxa única de IRS de 15%; ADSE para todos; a abertura do mercado de transportes à concorrência; a transparência nas compras do Estado; a criação de um salário mínimo municipal; a eliminação de alguns benefícios fiscais aos partidos.
Joacine Katar Moreira é a líder do Livre e a deputada que vai representar o partido no parlamento. O livre é o partido mais antigo dos três, fundado por Rui Tavares em Janeiro de 2014. Obteve a confiança de 55.656 eleitores nestas legislativas, ou seja, 1,09% dos votantes. Será a cabeça de lista, Joacine Katar Moreira, a assumir o cargo de deputada. Este partido defende a igualdade, a justiça social e a justiça ambiental.
Entre as várias medidas propostas, destacam-se: a implementação de um salário mínimo nacional de 900 euros; o combate aos paraísos fiscais; a obtenção de 10% de habitação pública; a separação da banca comercial da banca de investimento; o combate à pobreza; a promoção da igualdade de género; o combate à violência de género e doméstica.
O Chega, liderado por André Ventura, é um partido de extrema-direita que alcançou 66.442 votos dos portugueses, o equivalente a 1,3% dos votantes. Há mais de 45 anos que um partido com as características do Chega não tinha assento parlamentar.
De entre as várias propostas apresentadas pelo partido que se assume como populista, podem destacar-se: a eliminação do cargo de primeiro-ministro, a castração química de pedófilos, reduzir o número de deputados da Assembleia da República para uma centena, restabelecer a prisão perpétua, criar uma taxa única de IRS e extinguir o Ministério da Educação.
Susana Faria