Segundo o La Repubblica, foram mais de 100 000 os manifestantes que encheram durante a tarde de ontem, em Roma, a Praça de S. João. Cantavam o hino da resistência antifascista italiana Bella Ciao e o hino nacional. Eram jovens e menos jovens, famílias e muitas crianças nesta manifestação pacífica e cheia de cores: «anticorpos da democracia», lia-se em tee-shirts e cartazes.
Não havia quase nenhuma bandeira partidária, embora estivessem presentes algumas personalidades conhecidas. Um dos fundadores do movimento, que tem juntado gente em manifestações por toda a Itália, de Bolonha a Modena, Florença, Turim, Rimini, disse ao jornal La Repubblica: «As praças assumiram a forma do antifascismo e da luta contra a discriminação através de meios desconhecidos da sinistra soberania: a gratuidade, a arte e a história da diversidade». «As sardinhas nunca existiram realmente, nessas praças havia apenas pessoas capazes de distinguir a política do marketing», acrescentou.

São 5 as propostas políticas dos jovens organizadores destas «praças»: «Que os eleitos façam política nas instituições; que os ministros comuniquem apenas por canais institucionais; que haja transparência no uso das redes sociais e que seja público quem são os políticos que financiam publicações; que a violência verbal seja equiparada à violência física; que seja revogado o decreto de segurança, «precisamos de leis que não ponham o medo no seu centro».