Greta Thunberg, a jovem sueca que em 2015 se sentou à porta do parlamento sueco, sozinha, com um simples cartaz escrito à mão, em protesto contra o facto de o problema das alterações climáticas não estar a ser levado a sério pelos dirigentes políticos, tornou-se um ano e meio depois a personalidade do ano da revista Time.
A Time elege todos os anos uma personalidade que faz a capa da revista e desde há quase um século que não atribui esta distinção a uma pessoa tão jovem. E Greta Thunberg é a mais jovem. A conhecida revista justifica a sua escolha num longo texto que diz a certa altura: «organizando protestos de “sextas-feiras pelo futuro” em toda a Europa; lançando um estrondoso “Como se atrevem!” aos dirigentes mais poderosos do mundo no seu discurso na ONU; liderando cerca de 7 milhões de grevistas climáticos em todo o mundo em Setembro e dezenas de milhares em Madrid no início de Dezembro, Thunberg tornou-se a voz maior no problema maior que o planeta enfrenta e o avatar de uma mudança geracional mais ampla na nossa cultura que está a acontecer por toda a parte, desde os campi de Hong Kong até aos corredores do Congresso em Washington».

Qualquer que seja a opinião que se possa ter sobre esta adolescente, eis a realidade: ela conseguiu, contudo, pôr o assunto na ordem do dia num tempo recorde com um apoio estrondoso das jovens gerações a nível global.
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