Isabel Ferreira, secretária de Estado da Valorização do Interior, esteve há algum tempo no Régia Park em Vila Real para apresentar o programa do governo Trabalhar no Interior em conjunto com o programa +Coeso Emprego. Um destina-se ao financiamento de pessoas, o outro financia empresas.
Durante a apresentação, Isabel Ferreira esclareceu que «vão apoiar e incentivar a mobilidade geográfica de trabalhadores para a região», isto é, pessoas que tenham residência permanente fora do Interior e que queiram vir para cá.
Quais são então os apoios previstos para as pessoas e para a empresas?
- Um apoio inicial de até 4.827 euros para os trabalhadores que decidam mudar-se para o Interior;
- Uma medida de apoio ao regresso de emigrantes, prevista no âmbito do programa Regressar, com um apoio até 25% para emigrantes que regressem a Portugal e vão trabalhar para o Interior;
- O programa prevê a comparticipação do transporte de bens;
- Será também lançado o programa Habitar no Interior, para o desenvolvimento de redes de apoio locais e regionais para a divulgação e implementação do Chave na Mão, que vai incentivar projetos-piloto municipais destinados ao arrendamento a custos mais acessíveis;
- Os estágios profissionais que se realizem no Interior serão contemplados com um apoio que pode chegar aos 10% na comparticipação da bolsa pelo IEFP e aos 25% no prémio-emprego;
- O programa incluirá ainda incentivos às empresas para a contratação;
- Haverá uma Bolsa de Emprego dedicada com divulgação de ofertas de emprego para facilitar a identificação de necessidades de trabalhadores e serão organizadas ações de promoção.
Nos avisos do +Coeso Emprego, que vão financiar as empresas, está previsto um apoio mensal de 1961,00 euros até à criação do terceiro posto de trabalho. Além desse financiamento mensal, 40% do valor previsto será entregue à empresa para gastar nas suas necessidades, como a aquisição de equipamentos, por exemplo.
Para além dos 108 milhões para pequenas e médias empresas, no +Coeso Emprego, vai abrir um aviso de 17 milhões de euros só para IPSS do Interior. Também estas vão usufruir dos 40% adicionais, para gastarem nas suas necessidades.
Estão também previstas bolsas para estudantes de Mestrado e Doutoramento que venham para cá estudar, desde que a investigação incida sobre os territórios do Interior.
O que muda nos novos Programas de Valorização do Interior?
De acordo com a secretária de Estado da Valorização do Interior, nos programas recentemente apresentados destacam-se os seguintes aspetos: a duração dos avisos, estes passam a estar abertos de forma contínua, o financiamento é específico para o interior e os critérios são também adaptados à região em questão. Neste âmbito, foram ainda criados painéis de avaliação dedicados aos avisos do Interior, constituídos por avaliadores que conhecem os territórios e as suas particularidades.