A agência Ecclesia informou ontem que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) havia determinado a suspensão da celebração comunitária das missas até «ser superada atual situação de emergência», «em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde».
«A Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência», pode ler-se.
Os bispos católicos referem ainda a necessidade de seguir «as indicações diocesanas referentes a outros sacramentos e atos de culto, bem como à suspensão de catequeses e reuniões».
Prudência e responsabilidade aconselhadas pelo bispo de Vila Real

Já no dia anterior, o Bispo de Vila Real, António Augusto de Oliveira Azevedo, na sua nota pastoral, declarara que «a gravidade da situação provocada pela rápida disseminação do Covid-19, aconselha a que sejam tomadas algumas medidas excecionais no âmbito da diocese de Vila Real. Após a reflexão feita no Conselho Presbiteral, havemos por bem:
- Apelar à responsabilidade e prudência de cada pessoa para que evite comportamentos que possam pôr em risco a sua saúde ou a dos outros e ao respeito por todas as indicações das autoridades competentes.
- Lembrar a necessidade de cumprir as orientações da CEP, nomeadamente a comunhão na mão, a omissão do gesto da paz e o não uso da água benta.
- Adiar as celebrações do Sacramento da Penitência e Reconciliação com confissão individual para o período imediatamente posterior a esta crise, esperando que tal aconteça ainda no tempo pascal. As visitas pastorais ficam também adiadas para datas a anunciar.
- Suspender a catequese, as celebrações em lares de idosos e outros lugares de especial vulnerabilidade, até que seja restabelecida a normalidade, e ainda a iniciativa diocesana da peregrinação da imagem da Sagrada Família.
- Recomendar algumas precauções nas celebrações de funerais, tais como evitar grande afluência de pessoas ou gestos de risco.
- Restringir a atividade pastoral na diocese, paróquias e outras instituições, reduzindo-a ao estritamente indispensável, evitando aglomerações de pessoas.
- Manifestar reconhecimento e incentivo aos profissionais de saúde, aos cuidadores e a todos os que, fazendo parte dos vários serviços de saúde, apoio ou socorro, estão empenhados no difícil combate a esta doença.
- Convidar todos os diocesanos à oração pelos doentes, pelos que estão infetados com este vírus ou padecem doutra doença, e ainda por todos os que já foram vitimados por esta pandemia».